FICHAMENTO: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E O USO DA TECNOLOGIA

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Fonte: satujam.com 
A discussão do tema proposto, que envolve a analise do uso da tecnologia com mediação pedagógica, pressupõe a consideração de alguns fatos pressupostos que envolvem a questão do emprego de tecnologias no processo de aprendizagem e que me parecem fundamentais para analisarmos o assunto em pauta (pag.133).

Faz se necessário que analisemos alguns fatos importantes sobre o processo de aprendizagem no que se diz respeito a tecnologia no meio educacional. Tais como, o emprego de objetos e como estes podem ser utilizados de maneira educativa. 

Nos próprios cursos do ensino superior, o uso de tecnologia adequada ao processo de aprendizagem e variada para motivar o aluno não é tão comum, o que faz com que os novos professores do ensino fundamental e médio, ao ministrarem suas aulas, praticamente copiem o modo de fazê-lo e o próprio comportamento de alguns professores de faculdade, dando aula expositiva e, às vezes, sugerindo algum trabalho em grupo com pouca ou nenhuma orientação (pag. 135).

No ensino superior a motivação a se fazer uso da tecnologia nos ensinos mais básicos não é totalmente visível, o que faz com que ao adentrarem para trabalhar no ensino fundamental e médio não haja essa motivação de uso das tecnologias no meio educacional.

Ainda hoje falar em eficácia e/ou eficiência do processo de aprendizagem causam calafrios em muitos educadores seja pela lembrança desse período de tecnicismo do qual falamos, seja pela associação desses conceitos aos programas de Qualidade Total implantados das empresas e transferidos diretamente para a escola, sem maiores analises criticas, como se escola e empresa se equivalessem em objetivos, organização, funcionamento e resultado, seja pela aproximação com o conceito das assim chamadas escolas eficazes que para muitos se vinculam a uma proposta neoliberal para a educação (pag.136).

Alguns professores projetam uma imagem ruim no que se diz respeito a tecnologia no meio educacional, tanto por desconhecimento, quanto por programas como “Qualidade total”, programas estes que ´por sua vez não foi diretamente elaborado para o meio educacional, mas sim por empresas que desconhecem o ambiente escolar e suas respectivas necessidades.

Com essas novas tecnologias também se desenvolvem processos de aprendizagem a distancia. São as listas e os grupos de discussão, é a elaboração de relatório de pesquisa, é a construção e conjunto de conhecimentos e são os textos espelhando o conhecimento produzido, são os e-mails colocando professores e alunos e contato fora dos horários de aula, é a facilidade de troca de informações e trabalhos a distancia e num tempo de grande velocidade, é a possibilidade de buscar dados nos mais diversos centros de pesquisa através da internet (pag. 137).

Com o avanço tecnológico no meio educacional, é possível vivenciar uma era onde a tecnologia proporciona a alunos e professores uma convivência e uma troca de informações. A busca por relacionar. Pesquisar, e trocar conhecimentos era impensável e hoje se faz realidade.

Sem duvida, toda essa nova tecnologia provoca o debate a respeito de seu uso bem como o papel do professor e de sua mediação pedagógica no processo e aprendizagem (pag.138).

Apesar da tecnologia ser considerada um importante mecanismo para alunos e professores é preciso que o professor seja um mediador de conhecimento. Os equipamentos tecnológicos são viáveis, porém devem ser utilizados de forma certa e coerente para que realmente haja um aproveitamento dos recursos no processo de aprendizagem.


Para nós, professores, essa mudança de atitude não é fácil. Estamos acostumados e sentimo-nos seguros com nosso papel tradicional de comunicar ou transmitir algo que conhecemos muito bem. E sair dessa posição, entrar em dialogo direto com os alunos, correr o risco de ouvir uma pergunta para a qual no momento talvez não tenhamos resposta, e propor aos alunos que pesquisemos juntos para buscarmos a resposta-tudo isso gera um grande desconforto e uma grande insegurança (pag.142).

O uso tecnológico no meio educacional causa desconforto em alguns professores, pois gera uma mudança significativa no modo de ensino tradicional geralmente trabalhado em sala de aula, além disso, os mesmos perjuram sentir medo de não conseguir trabalhar com os alunos e não saber responder a perguntas que geralmente são frequentes na sala de aula.

A mediação pedagógica coloca em evidencia o papel de sujeito do aprendiz e o fortalece como ator de atividades que lhe permitirão aprender e conseguir atingir seus objetivos: e dá um novo colorido ao papel do professor e aos novos materiais e elementos com que ele devera trabalhar para crescer e se desenvolver (pag.146).

A mediação pedagogia como citado pelo autor, fortalece o poder educativo do próprio aluno, o fazendo ator das suas próprias pesquisas, escolhas e o fazendo atingir seus limites por si mesmo, tendo o professor não como o provedor de toda a sabedoria, mas como um mediador que leva o aluno a aprender por si.

Parece-nos que a consideração das técnicas convencionais, tal como apresentamos até aqui, mostra que elas podem se apresentar com uma forte conotação de mediação pedagógica, ou seja, como capazes de se constituírem como instrumentos de aprendizagem significativa, e de aprendizagem que significa desenvolvimento da totalidade humana, tal como enunciamos anteriormente ao tratar dos conceitos de mediação pedagógica (pag.152).


Visto que estamos abordando o tema de aprendizagem e do uso das técnicas que mediatizam, favorecem e facilitam esse processo não podemos deixar de, pelo menos, apontaram um outro assunto que se acha intimamente ligado a esse: o processo de avaliação como motivador da aprendizagem (pag. 163).

Apesar da tecnologia ser um importante meio educacional que facilita e favorece no processo de aprendizagem ainda existe um fator a ser considerado como o processo de avaliação.

Isto é o que esperamos: que nossos leitores, dando prosseguimento a essas considerações com suas próprias reflexões e vivencias pedagógicas, possam retornar á sua docência com novo ânimo e com novas propostas para serem implementadas, propiciando melhores condições de aprendizagem para nossos alunos e maior gratificação para nós em nosso trabalho docente (pag. 172).

 REFERÊNCIA 
MASETTO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. IN: MORAN, J. M., MASETTO, M. T. BEHRENS, M. A., Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Capinas: Papirus, 2000, p. 133-173.

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