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Fonte: satujam.com |
Faz se necessário que
analisemos alguns fatos importantes sobre o processo de aprendizagem no que se
diz respeito a tecnologia no meio educacional. Tais como, o emprego de objetos
e como estes podem ser utilizados de maneira educativa.
Nos próprios cursos do ensino superior, o uso
de tecnologia adequada ao processo de aprendizagem e variada para motivar o
aluno não é tão comum, o que faz com que os novos professores do ensino
fundamental e médio, ao ministrarem suas aulas, praticamente copiem o modo de
fazê-lo e o próprio comportamento de alguns professores de faculdade, dando
aula expositiva e, às vezes, sugerindo algum trabalho em grupo com pouca ou
nenhuma orientação (pag. 135).
No ensino superior a
motivação a se fazer uso da tecnologia nos ensinos mais básicos não é
totalmente visível, o que faz com que ao adentrarem para trabalhar no ensino
fundamental e médio não haja essa motivação de uso das tecnologias no meio
educacional.
Ainda hoje falar em eficácia e/ou eficiência
do processo de aprendizagem causam calafrios em muitos educadores seja pela
lembrança desse período de tecnicismo do qual falamos, seja pela associação
desses conceitos aos programas de Qualidade Total implantados das empresas e transferidos
diretamente para a escola, sem maiores analises criticas, como se escola e
empresa se equivalessem em objetivos, organização, funcionamento e resultado,
seja pela aproximação com o conceito das assim chamadas escolas eficazes que
para muitos se vinculam a uma proposta neoliberal para a educação (pag.136).
Alguns professores projetam
uma imagem ruim no que se diz respeito a tecnologia no meio educacional, tanto
por desconhecimento, quanto por programas como “Qualidade total”, programas
estes que ´por sua vez não foi diretamente elaborado para o meio educacional,
mas sim por empresas que desconhecem o ambiente escolar e suas respectivas
necessidades.
Com essas novas tecnologias também se
desenvolvem processos de aprendizagem a distancia. São as listas e os grupos de
discussão, é a elaboração de relatório de pesquisa, é a construção e conjunto
de conhecimentos e são os textos espelhando o conhecimento produzido, são os
e-mails colocando professores e alunos e contato fora dos horários de aula, é a
facilidade de troca de informações e trabalhos a distancia e num tempo de
grande velocidade, é a possibilidade de buscar dados nos mais diversos centros
de pesquisa através da internet (pag. 137).
Com
o avanço tecnológico no meio educacional, é possível vivenciar uma era onde a
tecnologia proporciona a alunos e professores uma convivência e uma troca de
informações. A busca por relacionar. Pesquisar, e trocar conhecimentos era
impensável e hoje se faz realidade.
Sem duvida, toda essa nova
tecnologia provoca o debate a respeito de seu uso bem como o papel do professor
e de sua mediação pedagógica no processo e aprendizagem (pag.138).
Apesar
da tecnologia ser considerada um importante mecanismo para alunos e professores
é preciso que o professor seja um mediador de conhecimento. Os equipamentos
tecnológicos são viáveis, porém devem ser utilizados de forma certa e coerente
para que realmente haja um aproveitamento dos recursos no processo de aprendizagem.
Para nós, professores, essa
mudança de atitude não é fácil. Estamos acostumados e sentimo-nos seguros com
nosso papel tradicional de comunicar ou transmitir algo que conhecemos muito
bem. E sair dessa posição, entrar em dialogo direto com os alunos, correr o
risco de ouvir uma pergunta para a qual no momento talvez não tenhamos
resposta, e propor aos alunos que pesquisemos juntos para buscarmos a
resposta-tudo isso gera um grande desconforto e uma grande insegurança
(pag.142).
O
uso tecnológico no meio educacional causa desconforto em alguns professores,
pois gera uma mudança significativa no modo de ensino tradicional geralmente
trabalhado em sala de aula, além disso, os mesmos perjuram sentir medo de não
conseguir trabalhar com os alunos e não saber responder a perguntas que
geralmente são frequentes na sala de aula.
A mediação pedagógica coloca
em evidencia o papel de sujeito do aprendiz e o fortalece como ator de
atividades que lhe permitirão aprender e conseguir atingir seus objetivos: e dá
um novo colorido ao papel do professor e aos novos materiais e elementos com
que ele devera trabalhar para crescer e se desenvolver (pag.146).
A
mediação pedagogia como citado pelo autor, fortalece o poder educativo do
próprio aluno, o fazendo ator das suas próprias pesquisas, escolhas e o fazendo
atingir seus limites por si mesmo, tendo o professor não como o provedor de
toda a sabedoria, mas como um mediador que leva o aluno a aprender por si.
Parece-nos que a
consideração das técnicas convencionais, tal como apresentamos até aqui, mostra
que elas podem se apresentar com uma forte conotação de mediação pedagógica, ou
seja, como capazes de se constituírem como instrumentos de aprendizagem
significativa, e de aprendizagem que significa desenvolvimento da totalidade
humana, tal como enunciamos anteriormente ao tratar dos conceitos de mediação
pedagógica (pag.152).
Visto que estamos abordando
o tema de aprendizagem e do uso das técnicas que mediatizam, favorecem e
facilitam esse processo não podemos deixar de, pelo menos, apontaram um outro
assunto que se acha intimamente ligado a esse: o processo de avaliação como
motivador da aprendizagem (pag. 163).
Apesar
da tecnologia ser um importante meio educacional que facilita e favorece no
processo de aprendizagem ainda existe um fator a ser considerado como o
processo de avaliação.
Isto é o que esperamos: que
nossos leitores, dando prosseguimento a essas considerações com suas próprias
reflexões e vivencias pedagógicas, possam retornar á sua docência com novo
ânimo e com novas propostas para serem implementadas, propiciando melhores
condições de aprendizagem para nossos alunos e maior gratificação para nós em
nosso trabalho docente (pag. 172).
MASETTO, M. T. Mediação pedagógica e o uso da tecnologia. IN:
MORAN, J. M., MASETTO, M. T. BEHRENS, M. A., Novas Tecnologias e Mediação
Pedagógica. Capinas: Papirus, 2000, p. 133-173.
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